Reflexões de um Tolo Incorrigível

Reflexões de um Tolo Incorrigível

Sem a Ilusão Sobre A Neutralidade

Não posso corrigir-me ao sabor da mudez e calar-me. Tenho esta mania pueril que não me abandona.
Creio na verdade e gosto de pensar que todos colocam o bem acima do lucro pessoal. Mas sei que sou um tolo — o mundo já me provou isso inúmeras vezes. Ainda assim, se eu abdicar de quem sou, nada mais me restará. Serei apenas um espectro errante, fingindo ser aquilo que busca apenas agradar os outros.
Lamento se não posso ser quem desejariam que eu fosse. Posso apenas prometer ser-me fiel, com força e coragem.
A verdade é que há momentos em que ser apenas justo ou correto torna-se impossível. Existem tempos de luta e tempos de guerra. E são nesses momentos que eu gostaria de ser como aqueles que sabem ferir e enganar—e que, ao fazê-lo, não se veem depois tomados pelo arrependimento e pela penitência. Pois esses momentos sempre deixam feridos em ambos os lados.
O problema, para mim, é filosófico. Tenho esta necessidade incessante de compreender tudo, até mesmo aquilo que torna a vida mais árdua. Deixo-vos, pois, uma reflexão:
O pecado… O que será o pecado?
O pecado é tudo aquilo que não gera o bem. É simples: tudo quanto não é bom, belo e justo traz em si a marca do mal. Mas não o mal no sentido demoníaco, e sim no sentido de não promover o bem. No fundo, tudo quanto gera injustiça é mau. Nenhuma injustiça pode jamais ser bela, ainda que traga vantagens ou pareça divertida. E toda beleza que não é boa e não faz o bem não passa de uma ilusão.
Pode parecer complexo, mas é de uma simplicidade essencial. Ocupo-me com o bem e, por isso, quando vejo algo injusto ou errado, não desejo que outros sejam prejudicados. Sei que é difícil, pois nada é inteiramente bom ou inteiramente mau. Mas, quando percebo algo evidentemente injusto, se eu simplesmente me omitir, estarei pecando. Na Igreja, chamam isso de pecado por omissão. Para mim, é simplesmente covardia.
Sei que não é fácil ser amigo de alguém como eu. Tenho poucos amigos e tampouco me iludo, pensando que todos aqui me vejam como um. Mas o que posso fazer? Sou assim. E, ainda assim, amo a todos.

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Sem Medo da Grandeza

Dante Locatelli

Como poderia eu temer
aquilo que me fascina,
o que me faz crescer e pairar
acima de todas as coisas vãs?

Poderia eu, sim, ter medo,
se me imaginasse pequeno,
se minha imaginação fosse pouca,
acanhada, reticente,
diante da proximidade do grande.

Uma mente pequena
teria medo da grandeza,
do impulso de crescer,
de tornar-se maior.

Mas como temer covardemente
o carro que foi um raio,
partiu com o som do trovão?
Se esse não viveu em vão.

Ter medo do quê?
Se aquilo te engrandece,
ajuda-te a crescer,
torna o impossível possível
e agora já está
diante de tuas mãos?

Entrega-te a ela
Lutando contra o que é pequeno.
Deixa a grandeza te levar.
Controle-a no desejo graúdo.
Ser tão vasto quanto é o amar.

Deseja-a. sempre.
Pois sem ela, nada seria.
Tudo será como sempre foi.

No mundo do porvir,
jamais se pintaria.
Apenas um esboço,
em carvão no fundo alvo.

Nos nossos desejos,
em vermelho e preto,
nos nossos amores,
com nossas lágrimas e pudores.

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Sem Medo da Grandeza

Dante Locatelli

Como poderia eu ter medo
daquilo que me fascina,
do que me faz crescer e pairar
acima de todas as coisas vãs?

Poderia eu, sim, ter medo,
se me imaginasse pequeno,
se minha imaginação fosse pouca,
acanhada, reticente,
diante da proximidade do grande.

Uma mente pequena
teria medo da grandeza,
do impulso de crescer,
de tornar-se maior.

Mas como temer
o carro que, como um raio,
partiu o som como um trovão?
Esse não viveu em vão.

Ter medo do quê,
se aquilo te engrandece,
ajuda-te a crescer,
torna possível o impossível
e agora já está
diante de tuas mãos?

Entrega-te a ela
e deixa-te levar.
Controle-a com teu desejo de ser.

Deseja-a. Sempre.
Pois, sem ela, nada.
Tudo seria como sempre foi.

No mundo do porvir,
jamais seria pintado.
Estaria apenas em croquis,
em preto e branco,

nos nossos desejos,
em vermelho e preto,
nos nossos amores,
com tantas lágrimas e pudores.

O Autoevolucionário: A Nova Odisseia Humana

 

Proposta de Enredo: O Autoevolucionário – A Nova Odisseia Humana

Título:

O Autoevolucionário: A Nova Odisseia Humana

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Conceito Principal

O "Autoevolucionário" é um arquiteto visionário da evolução humana, usando tecnologia avançada para romper as barreiras biológicas e reprogramar a humanidade para sobreviver em condições extremas. Ele simboliza tanto o progresso quanto a controvérsia, explorando o delicado equilíbrio entre a necessidade de sobrevivência e a preservação da essência humana.

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Personagens Principais

1. Dr. Elion Kallistos (O Autoevolucionário):

   • Um cientista brilhante cuja obsessão pela sobrevivência da humanidade o leva a ultrapassar limites éticos.
   • Ele acredita que a evolução natural é lenta demais para acompanhar os desafios do futuro.

2. Amara Levant:

   • Líder de um movimento global contra a autoevolução.
   • Antiga discípula de Elion, busca proteger a humanidade de perder sua essência natural.

3. Nexus:

   • Primeira criação plenamente autoevoluída, projetada para sobreviver no espaço profundo.
   • Luta com questões de identidade, humanidade e liberdade.

4. Jonas Cayne:

   • Jornalista investigativo que expõe os interesses sombrios por trás do projeto Autoevolucionário.

5. Sophia Zhen:

   • Engenheira de biointerfaces que trabalha com Elion, mas questiona as implicações éticas de suas criações.

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Estrutura Narrativa

Livro 1: O Genesis

• Introdução ao Dr. Elion Kallistos e ao conceito de autoevolução.
• Criação de Nexus, projetado para colonizar Marte.
• Nexus começa a desenvolver autoconsciência, desafiando as expectativas de Elion.
• Surge o conflito com Amara Levant, que busca impedir a disseminação da tecnologia.

Livro 2: Revolução Silenciosa

• Expansão da autoevolução para criar humanos adaptados a ambientes terrestres extremos.
• Nexus questiona sua humanidade e se torna símbolo de esperança e medo.
• Jonas Cayne descobre conspirações envolvendo o financiamento do projeto, aumentando a tensão global.

Livro 3: O Impacto das Estrelas

• Humanos autoevoluídos encontram uma civilização alienígena avançada.
• Os alienígenas veem os avanços humanos como uma ameaça ao equilíbrio cósmico.
• Elion e Amara enfrentam um dilema: adaptar a humanidade para a guerra ou buscar coexistência.
• Nexus emerge como mediador entre as partes, sendo o primeiro humano a transcender limites biológicos e sociais.

Livro 4: A Nova Ordem

• Um desastre global força Elion a ativar sua criação final: a autoevolução em escala global.
• Humanos naturais e autoevoluídos entram em confronto, disputando o controle do futuro da espécie.
• O clímax traz a criação de uma sociedade interestelar liderada por Nexus, onde humanos e alienígenas coexistem.
• Um epílogo ambíguo mostra uma nave partindo do Sistema Solar, marcando o início da jornada para as estrelas.

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Temas Centrais

1. Evolução Controlada vs. Ética:

   • Até que ponto é moral reprogramar a humanidade para sobreviver?

2. Desigualdade Evolutiva:

   • A divisão entre humanos naturais e autoevoluídos gera novos conflitos sociais e políticos.

3. Identidade e Humanidade:

   • Nexus e outros autoevoluídos lutam para entender seu lugar em um mundo que os teme e os venera.

4. Progresso e Consequências:

   • A busca pelo progresso científico nem sempre leva à harmonia.

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Progressão Narrativa: A Libertação da Terra

1. O Chamado à Libertação:

   • A Terra está à beira do colapso. A proposta de Elion é transformar a humanidade em uma espécie interestelar adaptável.

2. O Primeiro Passo:

   • Nexus lidera a colonização de Marte, enquanto Sophia e Amara enfrentam as implicações éticas na Terra.

3. A Expansão Interestelar:

   • Humanos autoevoluídos encontram novos mundos e uma civilização alienígena avançada.

4. O Conflito Final:

   • A humanidade enfrenta um desastre global e decide entre a evolução natural e a autoevolução total.

5. A Nova Humanidade:

   • Nexus lidera a criação de uma sociedade interestelar, pavimentando o caminho para um futuro universal.

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Estilo Narrativo

• Gênero: Ficção científica épica e filosófica.
• Tons: Reflexivo, intenso e esperançoso, com momentos de tensão e descoberta.
• Influências: Duna (Frank Herbert), 2001: Uma Odisseia no Espaço (Arthur C. Clarke), A Fundação (Isaac Asimov).

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Tags para Blog

auto-evolução, ficção científica, bioengenharia, sobrevivência humana, ética científica, super-humanos, evolução acelerada, narrativa futurista, humanidade interestelar, debates filosóficos

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Definição do Autoevolucionário

 

Definição do Autoevolucionário

O Autoevolucionário é um cientista visionário que:

• Acelera a evolução intencionalmente: Utiliza tecnologia e ciência para impulsionar a evolução humana, superando os limites biológicos e naturais.
• Programa a adaptação: Projeta indivíduos ou populações para sobreviver em qualquer ambiente, desde planetas hostis até condições extremas na Terra.
• Rompe etapas evolutivas: Permite à humanidade "pular" eras de evolução gradual, alcançando avanços que levariam milhares ou milhões de anos em condições naturais.

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Aspectos Filosóficos e Éticos

1. A Humanidade e o Poder de Evoluir

   • Se os humanos puderem programar sua própria evolução, o que nos define como espécie?
   • A humanidade ainda seria "humana" ao transcender os limites naturais?

2. Desigualdade Evolutiva

   • Super-humanos criados por meio da autoevolução poderiam gerar uma divisão entre os "evoluídos" e os "naturais".
   • Isso pode levar a novas formas de discriminação ou até conflitos entre diferentes versões da humanidade.

3. O Preço do Progresso

   • A aceleração da evolução poderia resultar em perdas culturais, éticas ou até físicas.
   • Até que ponto a humanidade estaria disposta a se transformar para sobreviver?

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Proposta de Enredo: O Cientista Autoevolucionário

Título: O Autoevolucionário: A Ciência do Futuro

Sinopse:
Em um futuro próximo, onde crises ambientais, mudanças climáticas e exploração espacial ameaçam a sobrevivência da humanidade, um cientista visionário — o Autoevolucionário — surge com a promessa de reescrever as regras da evolução. Por meio de engenharia genética avançada e interfaces neurobiológicas, ele desenvolve métodos para transformar humanos comuns em superadaptados, capazes de prosperar em qualquer ambiente, desde desertos tóxicos na Terra até planetas inóspitos no espaço.

No entanto, seu trabalho desperta controvérsias globais:

• Aliados: Governos e corporações veem nele a chave para a sobrevivência e o domínio sobre outros povos e civilizações.
• Opositores: Grupos éticos, religiosos e científicos denunciam a desumanização e o potencial destrutivo de suas criações.

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Personagens Principais

1. Dr. Theo Kallistis (O Autoevolucionário):
   Um cientista brilhante e idealista, mas pragmático, que acredita que a evolução natural é muito lenta para salvar a humanidade. Ele se torna o centro de uma revolução biológica que promete superar as limitações humanas.

2. Sophia Levant:
   Uma ex-cientista e atual líder de um movimento ético global contra a autoevolução, argumentando que a humanidade não deve brincar de "Deus".

3. Eloy Nexus:
   Um humano autoevoluído criado por Theo, projetado para sobreviver em Marte. Ele luta com questões de identidade, lealdade e propósito.

4. Nathan Corday:
   Um jornalista investigativo que descobre os segredos sombrios por trás do financiamento do projeto Autoevolucionário.

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Divisões Narrativas

1. Livro 1: O Primeiro Salto
   Theo desenvolve os primeiros humanos autoevoluídos para sobreviver em Marte, iniciando sua revolução biológica. As implicações éticas começam a surgir quando um dos super-humanos, Eloy, questiona sua própria humanidade.

2. Livro 2: Revolução e Resistência
   A popularidade do Autoevolucionário cresce, e super-humanos começam a ser criados para várias funções, desde trabalhos industriais até a exploração espacial. Sophia organiza uma resistência global, enquanto Nathan descobre segredos que podem derrubar Theo.

3. Livro 3: Além do Humano
   Uma civilização alienígena observa os avanços humanos e os vê como uma ameaça. Theo enfrenta uma escolha: usar sua tecnologia para preparar a humanidade para a guerra ou desistir de sua visão de uma espécie evoluída.

4. Livro 4: A Nova Humanidade
   O clímax ocorre quando a Terra enfrenta um desastre ambiental massivo. Theo lidera uma última tentativa de salvar a humanidade, mas as tensões entre os autoevoluídos e os humanos naturais chegam ao limite.

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Questões Filosóficas Exploradas

1. O que significa ser humano?
   A autoevolução redefiniria o conceito de humanidade, mas ao custo de nossas raízes naturais e culturais.

2. Devemos controlar a evolução?
   Mesmo que tenhamos a capacidade, até que ponto é ético manipular a evolução em benefício próprio?

3. A sobrevivência vale o custo?
   Se a autoevolução salvar a humanidade, mas destruir sua essência, será que realmente vale a pena?

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Conclusão

O título Autoevolucionário encapsula perfeitamente a essência desse enredo: o poder de transcender os limites naturais por meio da ciência, enfrentando as consequências éticas, sociais e existenciais desse ato. A história é um convite a refletir sobre o futuro da humanidade e os caminhos que escolhemos para trilhar o progresso.

AMOR FALADO 20/08/2016

AMOR FALADO

Novamente eu quero o amor.
Não aquele amor perfeito.
Quero o amor em verdade
que sempre arde no peito
e que apesar de tudo
ainda te causa saudade.

Queremos o poder e escolher
mas isso nega a realidade,

Quem tem esse direito.
É só quem pode de amar.

Dói a sua fria ausência
como um espinho, lento.
Uma ferida na carne viva.

Na falta que anula a alma.

Onde todo resto me engasga
e nessa dor da inexistência
parece que é o nada, morte
mas é, sim, muita sorte.

O coração dolente
tenta expurgar essa dor
só que, na verdade, o amor
não pode ser expulso.

Se pudesse, seria uma pena
a vida deixaria de ter problema,
mas deixaria de ser uma vida.

Seria uma coisa menos sofrida
mas seria algo se importância
que não se pode chamar de vida.

Amar de verdade é o presente
e ser amado não é o problema.
Ter o seu amor no peito
é outra história, outro recado.
Amar é destino, um acaso,
é sempre muito complicado.

Dante Locatelli

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FICOU EM MIM 02/09/2016

FICOU EM MIM 02/09/2016

Uma pegada
deixa um recado
não é um pé
é só uma pegada.

Uma parte do caminho
prezo no vão dos meus dedos,
ficou comigo,
não sou eu
é só a areia do caminho.

As lembranças
que eu trago na pança
logo me deixarão
ninguém fica
com esse tipo de lembranças.

E o amor
que se leva no coração
serão mais que lembranças,
ou será que na morte
vão se apagar
toda dor e todo amor.

Eu não sei.
Na dúvida eu coloco
o amor incrustado na alma
faço dele meu molde.

Quem sabe assim
eu possa ficar
com um pouco dele em mim.
Na forma da minha alma.

Dante Locatelli.

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