
AMOR FALADO
Novamente eu quero o amor.
Não aquele amor perfeito.
Quero o amor em verdade
que sempre arde no peito
e que apesar de tudo
ainda te causa saudade.
Queremos o poder e escolher
mas isso nega a realidade,
Quem tem esse direito.
É só quem pode de amar.
Dói a sua fria ausência
como um espinho, lento.
Uma ferida na carne viva.
É só quem pode de amar.
Dói a sua fria ausência
como um espinho, lento.
Uma ferida na carne viva.
Na falta que anula a alma.
Onde todo resto me engasga
e nessa dor da inexistência
parece que é o nada, morte
mas é, sim, muita sorte.
O coração dolente
tenta expurgar essa dor
só que, na verdade, o amor
não pode ser expulso.
Se pudesse, seria uma pena
a vida deixaria de ter problema,
mas deixaria de ser uma vida.
Seria uma coisa menos sofrida
mas seria algo se importância
que não se pode chamar de vida.
Amar de verdade é o presente
e ser amado não é o problema.
Ter o seu amor no peito
é outra história, outro recado.
Amar é destino, um acaso,
é sempre muito complicado.
Dante Locatelli
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